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sexta-feira, 29 de abril de 2011

INFORMATIVO IMPORTANTE - 2º PARTE







BRASÍLIA – Três integrantes da Associação dos ex-Soldados Especializados da Aeronáutica (Anese) subiram nesta quarta-feira (27) no mastro da bandeira do Brasil que fica ao lado da praça dos Três Poderes e permanecem lá desde o final manhã. Eles reivindicam a reintegração aos quadros da aeronáutica e afirmam que só irão deixar o local após terem o pedido atendido. Além da faixa, os três manifestantes carregavam um galão com capacidade para três litros -- o que levantou a suspeita de que eles pretendiam queimar a bandeira do Brasil, como aconteceu no mês de abril. "Nós não estávamos com três litros de gasolina como foi dito, e sim um galão para urinar. Subimos com a preocupação de não danificar o patrimônio. Não somos arruaceiros", explicou Portela.

“Os colegas só vão descer depois que falarmos com a presidente Dilma Rousseff. Esse não é um ato de baderna, somos chefes de família desempregados e queremos falar com a Dilma para pedir nossa reintegração”, disse o vice-presidente da Anese, João Carlos Viegas.

Os manifestantes penduraram uma faixa no mastro da bandeira com frases como “O que vale mais: 36 caças franceses ou milhares de pais de famílias demitidos injustamente pela FAB? Estamos vivendo uma democracia ou uma ditadura militar? Queremos reintegração já!”.

Desde segunda-feira (25) os ex-militares estão em frente ao Palácio do Planalto fazendo barulho com cornetas e com faixas. Ontem foram recebidos por assessores do Planalto que reiteraram as propostas feitas pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, na quarta-feira da semana passada, de que o governo iria colocar a Advocacia-Geral da União (AGU) para acompanhar o processo deles na Justiça e emitir um parecer. Apesar de pequeno, o grupo de cerca de 20 pessoas tem perturbado a vida da presidente Dilma Rousseff e causou tanto incômodo que até atiradores de elite foram chamados para proteger a chefe de governo. O ex-soldado Anderson Portela de Souza, 33, participa do protesto desde o primeiro dia e afirmou que o grupo não vai se retirar do gramado em frente ao Palácio do Planalto e que integrantes da Anese, que vivem em Anápolis (GO), devem engrossar o movimento a partir de segunda-feira. "Continuamos protestando até sermos atendidos pela presidente e termos nossos direitos de volta", disse o ex-soldado.

Munidos de vuvuzelas, fogos de artifícios, faixas gigantescas e até caixões fúnebres em tamanho real, os manifestantes conseguiram chamar a atenção dos funcionários do Planalto na terça-feira (26), quando o barulho das buzinas conseguiu abafar o discurso do ministro Guido Mantega (Fazenda) na reunião do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social). Na ocasião, a presidente pediu que seus assessores interrompensem o ruído e decidiu fazer seus despachos internos no Palácio da Alvorada.

Por causa da ameaça, o Corpo de Bombeiros foi mobilizado e a Polícia Militar colocou os atiradores de elite no teto do Palácio do Planalto para acompanhar a negociação. Segundo a assessoria da PM, esse é um procedimento padrão em gerenciamento de crise porque a vida dos manifestantes estaria em risco. Os três ex-soldados foram levados ao setor policial sul, em Brasília, onde se apresentaram a um juiz na noite de quarta-feira para responder à acusação de quatro atos ilícitos imputados a eles pela Polícia Civil: desobediência civil, poluição sonora, desfiguração do símbolo nacional e danificação do patrimônio. Durante a audiência, que durou cerca de 15 minutos, segundo Portela, o juiz descaracterizou todas as denúncias e liberou o manifestantes. Eles retornaram à Praça dos Três Poderes na manhã do dia 28 decididos a ficar. Porém, desde então, o ruído dos protestos diminuiu. "Nos mostraram um documento referente à lei ambiental, e vimos que o barulho das vuvuzelas ultrapassa o nível limite de decibeis", justificou Portela. "Por isso estamos usando mais o megafone. A polícia está acompanhando. Está tudo pacífico", garantiu.

fonte: Sites


A DIREÇÃO

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